Cultura – Blog EducandoOnline https://www.educandoonline.com/blog Educação Online Mon, 14 Apr 2025 03:41:48 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8 https://www.educandoonline.com/blog/wp-content/uploads/2025/04/cropped-10-removebg-preview-32x32.png Cultura – Blog EducandoOnline https://www.educandoonline.com/blog 32 32 Ioga e fé cristã: é possível conciliar? https://www.educandoonline.com/blog/ioga-e-fe-crista/ https://www.educandoonline.com/blog/ioga-e-fe-crista/#respond Mon, 12 Aug 2024 23:41:47 +0000 https://www.educandoonline.com/blog/?p=1333 Nos últimos anos, tem crescido o número de cristãos que buscam na ioga um caminho para maior equilíbrio emocional, saúde mental e até mesmo uma vida espiritual mais profunda. Para muitos, ioga e fé cristã podem coexistir, desde que a prática seja usada apenas como exercício físico ou técnica de respiração. No entanto, será que essa combinação é realmente segura do ponto de vista espiritual?

Logo no início do caminho espiritual, os objetivos parecem semelhantes: tanto na ioga quanto na oração cristã, há uma busca por silêncio interior, superação do ruído do mundo e conexão com algo maior. Muitos cristãos relatam que, através da ioga, conseguiram se concentrar mais durante suas orações e até desenvolver uma espiritualidade mais disciplinada.

Contudo, é necessário examinar com profundidade o que cada uma dessas práticas propõe em sua essência.

Diferenças fundamentais entre ioga e oração cristã

Apesar das aparências, ioga e fé cristã se baseiam em fundamentos espirituais muito distintos. A ioga, enraizada nas tradições do hinduísmo e do budismo, busca um caminho de autoconhecimento e de fusão com o “Todo” — uma ideia impessoal de divindade. Nesse processo, o praticante aprofunda-se cada vez mais em si mesmo, buscando uma espécie de iluminação interior, onde o “eu” se dissolve para unir-se ao universo.

Por outro lado, a oração cristã parte de uma relação pessoal com um Deus que é Outro, que me criou com uma identidade única e deseja entrar em comunhão comigo. O objetivo não é a fusão com uma energia cósmica, mas o encontro com Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, que se revelou plenamente nas Escrituras.

A oração cristã é um encontro, não uma dissolução

Enquanto a ioga convida o praticante a entrar cada vez mais em si mesmo, pela sua própria força, a fé cristã ensina que a salvação e a verdadeira paz vêm do encontro com Deus, que é amor e que se doa a nós gratuitamente. Na oração cristã, o protagonista não é o ser humano, mas Deus. É Ele quem conduz a alma, quem purifica, quem transforma.

Como afirma o padre Joseph-Marie Verlinde, ex-praticante de técnicas orientais:

“Nas técnicas orientais, sou o mestre da minha vida interior. Na oração cristã, o mestre é Deus.”

Essa é uma distinção essencial. O misticismo oriental tende a confiar exclusivamente em técnicas naturais, enquanto a espiritualidade cristã é, antes de tudo, sobrenatural.

Riscos espirituais da mistura entre ioga e fé cristã

Um dos maiores riscos de tentar unir ioga e fé cristã está na possibilidade de confusão espiritual. As experiências intensas de serenidade e bem-estar alcançadas através de posturas (asanas), respiração (pranayama) e meditação oriental podem ser confundidas com a ação do Espírito Santo. No entanto, essas sensações, por mais agradáveis que sejam, não representam, necessariamente, uma comunhão com Deus.

Esse engano pode desviar o cristão do verdadeiro objetivo da oração: o encontro pessoal com o Deus vivo, revelado em Jesus. É possível que, ao buscar uma paz interior por meios naturais, a pessoa se afaste da graça divina e confie mais em si mesma do que na ação do Espírito Santo.

É possível praticar ioga como exercício físico?

Muitos cristãos se perguntam: “Se eu praticar ioga apenas como exercício, sem intenção espiritual, isso ainda representa um risco?” Essa é uma questão delicada. Embora seja possível dissociar certos aspectos físicos da prática, a ioga carrega consigo um universo simbólico e espiritual profundo, muitas vezes presente mesmo em aulas aparentemente neutras.

É essencial discernir com sinceridade e buscar orientação espiritual, especialmente se houver qualquer confusão ou dúvida. Como cristãos, somos chamados a vigiar sobre nosso coração e nossas práticas, para que nada nos afaste do amor de Deus.

Conclusão – Um chamado ao discernimento

A combinação entre ioga e fé cristã não é impossível, mas exige profundo discernimento. A fé cristã convida ao abandono confiante em Deus, à abertura à Sua graça, e à vivência de uma espiritualidade relacional. A ioga, por sua vez, propõe um caminho que, muitas vezes, ignora a existência de um Deus pessoal.

Por isso, é fundamental que o cristão reflita com maturidade espiritual antes de aderir a práticas que, mesmo sendo populares e aparentemente inofensivas, podem conter elementos contrários à fé cristã.

Padre Joseph-Marie Verlinde

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O Desafio de estar (ser) solteiro https://www.educandoonline.com/blog/o-desafio-de-estar-ser-solteiro/ https://www.educandoonline.com/blog/o-desafio-de-estar-ser-solteiro/#respond Wed, 12 Apr 2023 23:39:13 +0000 https://www.educandoonline.com/blog/?p=1331 A vida de solteiro é um fenômeno social que afeta muitas pessoas. E quando se prolonga, muitas vezes é uma fonte de sofrimento.

Como tais dificuldades podem ser assumidas e superadas? Explicação de Dominique de Monléon Cabaret, autora de “Deus, não me esqueceu: perspectivas para pessoas solteiras”. Casada aos 45 anos de idade em 1994, ela, que permaneceu solteira durante muito tempo, é testemunha dessa expectativa que era sua e da maneira como a vivia. Um testemunho que pode ajudar muitas pessoas solteiras.

O que você acha mais difícil em ser solteiro?

A constante, me parece, é a solidão. É um teste: “Não é bom para o homem estar sozinho” (Gn 2:18). A esse sofrimento às vezes se soma o sentimento de que aqueles que o rodeiam têm formado o destino de um solteiro: “Tudo o que você tem que fazer é cuidar dos seus pais, seus Sobrinhos…” (Gn 2:18). Isso também é verdade na vida profissional: “Você pode trabalhar aos sábados, já que você está solteiro!”

Na medida em que a liberdade não é visivelmente nem oficialmente conquistada, ela pode ser negada. O solteiro não é realmente percebido como um adulto, pois todos querem dar palpite em seu destino. Ao mesmo tempo ele tem que dirigir seu barco sozinho! Impostos, contas, tarefas domésticas, compras diversas, bricolagem, etc. É pesado!

Além disso, o solteiro nem sempre tem o direito de sofrer: “Ele só tem que cuidar de si mesmo! “Como se o sofrimento pudesse ser medido ou comparado… Família e amigos precisam encontrar uma causa para este celibato. Daí as observações, os conselhos, em forma de dúvidas: não é ele (ela) muito difícil, muito egocêntrico, muito ativista? Ele ou ela não é surdo aos chamados de Deus?

Qual é a grande luta do solteiro?

A imaginação se desenvolve mais facilmente na solidão, arrisca-se a ampliar e dramatizar as minúcias do cotidiano, que encontrariam uma medida justa na conversa com o cônjuge. Mas isso não é uma constante entre os solteiros. Muitos vivem muito bem no momento presente: eles se entregam totalmente a si mesmos. Este é o melhor antídoto para viver bem.

Como viver a castidade sem repressão?

De acordo com a lógica do mundo, os solteiros oscilam entre dois erros: ou estão presos em si mesmos, ou se consolam em aventuras fugazes. Alguns deles se envolvem e entram em relacionamentos que não têm futuro.

Mas a sexualidade não pode ser reduzida ao corpo: é todo o ser humano que é sexualizado? Um celibatário solteiro casto, se pensa nos outros e se entrega generosamente, abandona sua virilidade ou sua feminilidade menos do que aquele que cede a aventuras egoístas.

O medo de se dar e a crise de compromisso são as únicas causas do aumento do número de solteiros?

Se você não se ama, é difícil amar o outro. Se você se retrai em si mesmo, é difícil conhecer alguém. Por outro lado, se você se torna obcecado pelo casamento, todo mundo foge… Mas às vezes não há causas objetivas. Pessoas casadas não são necessariamente mais equilibradas, mais bonitas, mais dedicadas do que outras!

É possível dizer a alguém que tem a vocação matrimonial quando não conhece “o escolhido”?

Dizer a alguém que têm um chamado ao casamento não me parece imprudente. Às vezes é uma coisa positiva. Tal discernimento pode ajudar a preparar para um compromisso, para ganhar autoconfiança. Mas também é necessário indicar a atitude correta a ser adotada.

Precisamos ter cuidado para não tomar esse tipo de discernimento por um caminho irremediavelmente traçado! Sempre se pode cumprir a vocação humana e cristã mesmo sendo solteiro, e viver a complementaridade de homem e mulher de outra forma que no casamento. Esta é uma realidade social.

Você acha que devemos esperar pelo desejado, ou devemos procurá-lo?

A resposta não pode ser absoluta. Algumas pessoas se registram em sites de encontros: por que não, se eles são bem escolhidos? Mas você tem que se sentir livre e não depender disso! Quando surge confusão, ansiedade ou preocupação, torna-se necessário se distanciar desse processo.

E é importante saber se divertir, organizar passeios, jantares, para a única alegria de se reencontrar. Seria desproporcional concentrar todos os pensamentos, atividades e relacionamentos na busca do outro… Uma vez mais, o que conta e o que faz a pessoa feliz, é se entregar a si mesma.

Sem Deus, o celibato sofrido não acaba sendo revoltante?

A solidão só é aceitável na presença de Deus. Com toda a sua compaixão. É um mistério semelhante ao do Getsêmani: em sua agonia, Cristo carregou o fardo da solidão para todos aqueles que são sobrecarregados por ela.

A grande luta pela liberdade – pode ser muito difícil – é dizer sim a essa presença, acreditar que Deus tem um plano para a felicidade de cada pessoa, continuar dando um passo na frente do outro, por menor que seja. No seu próprio ritmo. Um ato de fé, de esperança, de oferta!

Qual é a especificidade do testemunho de um solteiro?

Há solteiros realizados, apesar de sofrerem com a ausência de um cônjuge. Desta forma, eles testemunham a verdadeira natureza da felicidade. Numa sociedade que quer garantir toda a segurança, seu testemunho mostra como é possível florescer em uma certa pobreza social e emocional. Sua alegria de viver refere-se à natureza da felicidade: saber que eles são amados por Deus e desejar servi-Lo.

Qual é o segredo da alegria deles?

Eles estão felizes no presente! Você tem que acolher o momento presente. Isto é inevitável para a pessoa solteira, porque lhe permite encontrar Deus a qualquer momento e receber a fecundidade espiritual. Cada dia pode ser frutífero: “Aquele que permanece em mim dará muitos frutos”.

Maryvonne Gasse

Por Carmadélio Souza

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Dia Internacional dos Museus https://www.educandoonline.com/blog/dia-internacional-dos-museus/ https://www.educandoonline.com/blog/dia-internacional-dos-museus/#respond Thu, 26 May 2022 23:11:52 +0000 https://inovarenutricao.com.br/?p=90 O que é o Dia Internacional dos Museus?

O Dia Internacional dos Museus é comemorado anualmente no dia 18 de maio. Criado em 1977 pela ICOM (Conselho Internacional de Museus), a data foi idealizada para promover a importância dos museus como espaços de educação, preservação cultural e reflexão. Este evento global busca conscientizar a população sobre o papel fundamental dos museus na preservação da história, cultura e arte, além de estimular a visitação.

Os museus, em suas diversas formas, como museus de arte moderna, clássica, contemporânea, história, ciência e muito mais, são instituições vitais para o enriquecimento cultural e o aprofundamento do conhecimento. Neste dia, celebramos a diversidade cultural de diferentes países, promovendo o entendimento das tradições, história e valores compartilhados por sociedades ao redor do mundo.

O Objetivo do Dia Internacional dos Museus no Brasil e no Mundo

O objetivo do Dia Internacional dos Museus é incentivar a população a visitar e apreciar os museus, despertando a curiosidade e o interesse pelas diversas formas de arte e história. No Brasil, esta data ganha ainda mais relevância, considerando a rica diversidade cultural do país, com museus dedicados a temas como a arte indígena, a escravidão, a história da música brasileira e as diferentes formas de expressão artística.

Anualmente, o ICOM escolhe um tema específico para o evento. Esse tema se torna o foco das discussões e atividades realizadas pelos museus ao redor do mundo. Em 2023, por exemplo, o tema foi “Museus, Sustentabilidade e Bem-Estar”, que explorou como os museus podem contribuir para o bem-estar social e ambiental das comunidades.

A Importância dos Museus: Muito Além de Espaços de Exposição

Os museus são muito mais do que simples espaços para exibição de obras de arte ou artefatos históricos. Eles são centros de aprendizado, reflexão e preservação de patrimônio cultural. No Brasil, os museus desempenham um papel fundamental na preservação da memória coletiva de um país com uma rica história, marcada por eventos como a chegada dos colonizadores portugueses, a escravidão e a abolição, além das contribuições de diferentes povos indígenas e imigrantes que ajudaram a formar a identidade nacional.

Os museus também são espaços de diálogo entre diferentes culturas e uma ponte entre o passado e o presente, além de serem lugares essenciais para a formação de cidadãos críticos e conscientes.

Museus no Brasil: Uma Viagem Pela Diversidade Cultural

No Brasil, o Dia Internacional dos Museus é uma excelente oportunidade para explorar a diversidade de museus espalhados por todo o território nacional. O Brasil possui um número impressionante de museus, que vão desde os mais tradicionais até os mais contemporâneos, cobrindo uma vasta gama de temas. Em grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, é possível encontrar museus especializados em arte, história, ciência e cultura popular.

Museus de Arte no Brasil

O país conta com museus de arte renomados internacionalmente. O Museu de Arte de São Paulo (MASP), por exemplo, é famoso por sua vasta coleção de obras de artistas como Van Gogh, Picasso, Portinari e Tarsila do Amaral. Outro exemplo importante é o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), que promove a arte contemporânea com exposições e eventos que exploram diferentes aspectos da arte brasileira e mundial.

Museus Históricos e Culturais

Os museus históricos e culturais no Brasil também são fundamentais para o entendimento da formação social e política do país. O Museu Nacional, no Rio de Janeiro, que, embora tenha sido parcialmente destruído por um incêndio em 2018, continua sendo um ícone de preservação do patrimônio nacional, guardando uma vasta coleção de artefatos arqueológicos, etnográficos e históricos.

Além disso, o Museu do Ipiranga, em São Paulo, é um excelente exemplo de museu dedicado à história do Brasil, focando na independência do país e nos processos de formação da identidade nacional. Outro destaque é o Museu da Língua Portuguesa, também em São Paulo, que celebra a riqueza e a diversidade da língua portuguesa como patrimônio cultural.

Museus de Ciência e Tecnologia

Os museus de ciência e tecnologia são essenciais para despertar o interesse de jovens e crianças por temas como física, astronomia, biologia e inovação tecnológica. O Museu Catavento, em São Paulo, é um excelente exemplo de como a ciência pode ser apresentada de forma interativa e lúdica. Outro grande exemplo é o Museu de Ciências Naturais da PUC-Minas, que abriga uma rica coleção de fósseis, animais e plantas, promovendo o aprendizado sobre a biodiversidade.

Atividades e Ações Durante o Dia Internacional dos Museus

Em comemoração ao Dia Internacional dos Museus, diversas atividades são promovidas pelos museus ao redor do mundo, incluindo no Brasil. Essas atividades são ideais para aproximar a população do universo museológico e fomentar o interesse por essas instituições.

Visitas Guiadas e Palestras

Durante essa data, muitos museus oferecem visitas guiadas e palestras sobre temas relacionados às suas exposições. Essas ações ajudam a aprofundar o conhecimento dos visitantes sobre o conteúdo exposto e a história por trás das obras de arte ou artefatos. Muitas vezes, essas palestras são conduzidas por curadores, historiadores ou especialistas no assunto, proporcionando uma experiência enriquecedora.

Oficinas e Workshops

Os museus também costumam oferecer oficinas e workshops para crianças, jovens e adultos, incentivando a criação artística e o desenvolvimento de novas habilidades. Essas atividades tornam o Dia Internacional dos Museus uma experiência mais interativa e participativa.

Entrada Gratuita e Programação Especial

Em muitos museus, a entrada é gratuita durante o Dia Internacional dos Museus, o que permite que mais pessoas possam aproveitar a oportunidade de conhecer as exposições e aprender mais sobre arte, história e ciência. Além disso, muitos museus preparam programações especiais, com atividades lúdicas, shows, apresentações artísticas e até exibição de filmes relacionados às exposições.

Como Aproveitar o Dia Internacional dos Museus?

Se você está se perguntando como aproveitar o Dia Internacional dos Museus, aqui estão algumas dicas para garantir uma experiência completa:

  • Pesquise os Museus Locais: Antes de sair de casa, faça uma pesquisa sobre os museus em sua cidade ou região e descubra quais estarão oferecendo atividades especiais ou entrada gratuita.
  • Participe de Atividades: Não se limite a olhar as exposições. Participe de palestras, workshops ou oficinas para tornar sua visita mais interativa e educativa.
  • Leve a Família: O Dia Internacional dos Museus é uma ótima oportunidade para envolver toda a família em uma experiência cultural. Muitos museus oferecem atividades para crianças, como oficinas de arte ou jogos educativos.
  • Explore Novos Museus: Se você já visitou os museus mais conhecidos da sua cidade, aproveite para explorar novos locais. Muitas cidades têm museus menores e menos conhecidos, mas que oferecem exposições incríveis.

Conclusão: A Importância do Dia Internacional dos Museus no Brasil

O Dia Internacional dos Museus é uma data essencial para refletirmos sobre o papel dessas instituições na preservação da nossa cultura e história. No Brasil, a diversidade de museus e exposições reflete a riqueza cultural do país, permitindo que cada visitante descubra um pouco mais sobre o passado e o presente da nação.

Portanto, aproveite esta data para se aprofundar no conhecimento e enriquecer sua bagagem cultural. Visite os museus da sua cidade, participe das atividades propostas e celebre a arte, a ciência e a história, tanto no Brasil quanto ao redor do mundo.

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Documentário Senta a Pua de 1999 https://www.educandoonline.com/blog/documentario-senta-a-pua/ https://www.educandoonline.com/blog/documentario-senta-a-pua/#respond Sun, 29 Mar 2020 16:31:48 +0000 https://kydelicia.com/?p=660 Senta a Pua é um documentário brasileiro de 1999 dirigido por Erik de Castro. O diretor produziria ainda A Cobra Fumou em 2003 e dirigiria novo documentário em 2012, O Brasil na Batalha do Atlântico, encerrando uma trilogia sobre a participação brasileira na Segunda Guerra Mundial.

O documentário versa sobre a atuação do 1º Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira na Segunda Guerra Mundial. Baseado no livro homônimo do brigadeiro Rui Moreira Lima, conta com depoimentos do próprio Lima e outros integrantes do grupo como os brigadeiros Corrêa Netto, Meira, Neiva e Joel Miranda.

O Avestruz Guerreiro do “Senta a Pua!” foi para a FAB o que representa o emblema “A Cobra Está Fumando” para o Exército, através das batalhas de Monte Castelo, Montese e outras, sustentadas e vencidas pelos heroicos pracinhas da Força Expedicionária Brasileira.

Simbologia do Emblema Senta a Pua:

faixa externa verde-amarela – o Brasil

avestruz – velocidade e maneabilidade do avião de caça e o estômago dos pilotos, que aguentava qualquer comida.

quepe do avestruz – piloto da Força Aéerea

escudo – a robustez do P-47 e proteção ao piloto.

fundo azul e estrelas – o céu do Brasil com o Cruzeiro do Sul

pistola – poder de fogo do Thunderbolt

nuvem – o espaço aéreo

fumaça e estilhaços – a artilharia antiaérea (FLAK) inimiga

fundo vermelho – o sangue derramado pelos pilotos na guerra

frase “Senta a Pua” – o grito de guerra do 1º GAvCa

Indicamos que assistam ao documentário Senta a Pua no You Tube (link acima).

Força Expedicionária Brasileira (conhecida também pela sigla FEB), foi uma força militar aero-terrestre constituída na sua totalidade por 25.834 homens e mulheres, que durante a Segunda Guerra Mundial foi responsável pela participação do Brasil ao lado dos Aliados na Campanha da Itália, em suas duas últimas fases – o rompimento da Linha Gótica e a Ofensiva Aliada final naquela frente.

Tal força (incluídos todos rodízios e substituições) era formada por uma divisão de infantaria completa (também batizada como 1ª DIE, 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária), uma esquadrilha de reconhecimento, e um esquadrão de caças. Seu lema de campanha “A cobra está fumando”, era uma alusão irônica ao que se afirmava à época de sua formação, que seria “Mais fácil uma cobra fumar cachimbo do que o Brasil participar da guerra na Europa”.

Em 1939, com o início da Segunda Guerra Mundial, o Brasil manteve-se neutro, numa continuação da política do presidente Getúlio Vargas de não se definir por nenhuma das grandes potências, somente tentando se aproveitar das vantagens oferecidas por elas. Tal “pragmatismo” foi interrompido no início de 1942, quando os Estados Unidos e o governo brasileiro acertaram a cessão de bases aéreas na ilha de Fernando de Noronha e ao longo da costa norte-nordeste brasileira para o recebimento de bases militares americanas (caso as negociações não tivessem efetuado resultado, com Vargas e os militares insistindo em manter a neutralidade, os EUA tinham planos para invadir o nordeste brasileiro).

A partir de janeiro do mesmo ano começa uma série de torpedeamentos de navios mercantes brasileiros por submarinos ítalo-alemães na costa litorânea brasileira, numa ofensiva idealizada pelo próprio Adolf Hitler, que visava isolar o Reino Unido, impedindo-o de receber os suprimentos (equipamentos, armas e matéria-prima) exportados do continente americano (como consta nos diários de Goebbels e nas memórias do almirante Donitz).Considerados vitais para o reforço de guerra dos Aliados, estes suprimentos a partir de 1942 via Atlântico norte, se destinavam também à então União Soviética.

Tinha também por objetivo, a ofensiva submarina do Eixo em águas brasileiras intimidar o governo do Brasil a se manter na neutralidade, ao mesmo tempo que seus agentes no país e simpatizantes fascistas brasileiros, pejorativamente denominados pela população pela alcunha de Quinta Coluna, espalhavam boatos que os afundamentos de navios mercantes seriam obra dos Americanos interessados em que o país entrasse no conflito ao seu lado.

Créditos: sentandoapua.com.br

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Documentário a Cobra Fumou de 2003 https://www.educandoonline.com/blog/documentario-a-cobra-fumou/ https://www.educandoonline.com/blog/documentario-a-cobra-fumou/#respond Tue, 10 Mar 2020 16:32:28 +0000 https://kydelicia.com/?p=662 O Brasil, até hoje em dia, é reconhecido e homenageado mundialmente por sua participação na segunda guerra mundial, e inclusive, por conseguir a rendição de soldados alemães, na tomada de Monte Castelo em 21 de fevereiro de 1945.

No exterior existem vários monumentos aos nossos soldados, que são retratados como heróis, até por Bandas de Rock que lançaram músicas em homenagem, e tudo é relembrado e ensinado nas escolas por lá, coisa que por aqui, foi ficando esquecido e até meio “que proibido” de se comemorar ou postar nas redes sociais. Esperamos que nossa história não seja apagada aqui, dentro do próprio Brasil, por isso, segue a indicação de um dos poucos documentários como A Cobra Fumou, pra a gente guardar e valorizar nossa história.   

A COBRA FUMOU é um filme documentário brasileiro de 2003, dirigido por Vinícius Reis. O produtor é Erik de Castro que dirigira antes Senta a Pua! (2001) e depois O Brasil na Batalha do Atlântico (2012), todos sobre a participação militar brasileira na Segunda Guerra Mundial.

O título A Cobra Fumou se refere a uma piada da década de 1940, conforme explicado na narração de Bete Mendes, a de que seria mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil enviar tropas para lutar na Segunda Guerra Mundial. O roteiro é baseado em várias entrevistas realizadas com ex-combatentes (“pracinhas”), tanto no Brasil como na Itália e algumas imagens de arquivo, do Arquivo Nacional e de Jean Manzon.

ENREDO

O filme A Cobra Fumou, começa antes dos créditos iniciais, com imagens gravadas em 25 de fevereiro de 2000, na rodovia 64 na Itália, com a narração explicando que por ali operaram as tropas brasileiras que combateram na Segunda Guerra Mundial. Após os letreiros, são exibidas imagens de cinejornal mostrando o desfile de tropas brasileiras (Força Expedicionária Brasileira – FEB), que iriam embarcar para a Europa.

Mais imagens e manchetes de jornais explicam a entrada na Guerra do Brasil, havendo a informação de que foi organizado um contingente de 25 mil homens para se juntarem aos Aliados contra os nazi-fascistas na Europa.

O primeiro escalão embarcou em julho de 1944, sendo que os soldados só souberam do destino quando desembarcaram no porto de Nápolis. A missão era combater o restante das tropas nazistas que ainda estava no norte da Itália, atrás de uma linha de defesa fortificada conhecida como “Linha Gótica”. Os alvos estratégicos eram o Monte Castello e a cidade de Montese, na Cordilheira dos Apeninos.

Indicamos que assistam ao Documentário A Cobra Fumou no YouTube (link acima)

Após essas informações iniciais no filme a Cobra Fumou, começam as séries de entrevistas, divididas em partes com as datas e os nomes dos entrevistados:

1999 – 19 de novembro

As imagens mostram Brasília, a cidade onde foi realizado o 11º Encontro dos Brasileiros, que Combateram na II Guerra Mundial. Na primeira entrevista, um ex-combatente, Waldemiro Pimentel, explica que era bancário e fora alistado para lutar na Guerra. Se não se apresentasse, seria considerado “desertor”.

1999 – 22 de novembro – Carlos Scliar

Em Cabo Frio, ocorre a entrevista com o artista plástico Carlos Scliar que foi para Guerra aos 24 anos e serviu como cabo da artilharia. São citados os livros sobre a Guerra de Rubem Braga e Joel Sidreira e um de crônicas da BBC. O artista conta que fez mais de 1000 desenhos enquanto estivera lá, mas destruiu a maior parte.

No Rio de Janeiro é entrevistada a Major Elza Cansanção Medeiros, ex-enfermeira da Cruz Vermelha, que contou possuir um acervo de cerca de 5 mil fotos da FEB, algumas exibidas no filme, além de 1.700 slides que usava em várias palestras. Quando perguntada sobre qual o tipo de ferimento mais comum, ela destacou os causados por minas terrestres.

1999 – 23 de novembro – Gal. Meira Matos

Antes da entrevista, a narração explica que a tropa brasileira se tornou uma divisão americana comandada pelo general norte-americano Mark Clark. O comandante brasileiro da FEB foi o Gal. Mascarenhas de Moraes e as tropas lutaram entre setembro de 1944 e maio de 1945, quando foi encerrada a Guerra.

Na entrevista, o general Carlos de Meira Matos mostra a condecoração que recebeu dos americanos, a Estrela de Bronze, cuja entrega teve uma foto tirada no QG da FEB. Ele conta que na chegada da FEB, havia 23 divisões no Teatro de Operações do Mediterrâneo, 8 dos americanos, 3 ou quatro francesas, 4 ou 5 inglesas, todas com combatentes veteranos e alguns famosos.

1999 – 24 de novembro – Manoel

O ex-soldado Manoel Ramos de Oliveira (Soldado 602) conta que ao chegar na Itália, os italianos demonstraram medo nos primeiros contatos pois os alemães haviam espalhado o boato de que os brasileiros “comiam gente” (provável referência aos índios antropófagos que os europeus encontraram na época da colonização).

Ele não queria contar muita coisa mas acaba narrando um fato triste que tomara parte num dia de folga em Pistóia. A próxima entrevista é com o correspondente de guerra Joel Silveira, que conta que junto com ele na linha de frente estavam nessa função Rubem Braga, Thássilo Mitke e Raul Brandão, dentre outros.

1999 – 25 de novembro – Joel Silveira

O jornalista fala sobre o dia da rendição dos alemães à FEB (29 de abril de 1945), uma divisão inteira (a 148ª) com 14.624 homens, que tivera uma cobertura apressada em função de na mesma data terem havido as fuga e morte de Benito Mussolini. A narração explica que as tropas inimigas foram cercadas 2 dias antes pelo esquadrão de reconhecimento do Capitão Plínio Pitaluga na cidade de Fornovo di Taro.

1999 – 27 de novembro – Gen Plínio Pitaluga

A narração explica que o General Plínio é tratado como herói por muitos ex-combatentes, adjetivo que ele rejeita. Ele explica que queria que seus homens voltassem e que de seu esquadrão de 200 combatentes, morreram apenas quatro. A próxima entrevista é com Dona Miranda Bonani dos Santos, italiana que se casou com um combatente brasileiro. Ela conta que o pedido de autorização feito durante a Guerra pelo soldado, para se casar, fora negado pois era “proibido casar com o inimigo”, o que ela achara estranho.

Mas depois isso foi superado e ela estima que cerca de 200 italianas se casaram com militares brasileiros. Ela comenta sobre o dia em que a guerra acabou, dizendo que fora um alívio mas não toda aquela euforia mostrada no cinema, pois as pessoas não tinham mais casas, parentes e tudo estava destruído.

1999 – 29 de novembro – Coronel Sérgio

O militar Sérgio Gomes Pereira fora à Itália como tenente, aos 20 anos de idade. Ele mostra fotos de seu pelotão, dizendo que a maioria dos que aparecem ali morreram nos combates.

A narração explica que a FEB participara da “Ofensiva da Primavera”, comandada pelo General Clark, e que a missão dos brasileiros era libertar a cidade de Montese. A batalha, em abril de 1945, foi considerada a mais sangrenta da FEB. A próxima entrevista se dá no Museu da FEB, na Casa da FEB, localizada na Rua das Marrecas no centro do Rio de Janeiro.

Os ex-combatentes José Cândido da Silva e João Vianna de Oliveira mostram o uniforme dos pracinhas, que era para o inverno mas considerado de isolamento insuficiente, dado ao rigor experimentado na região nos últimos meses de 1944 (17 a 19 graus centígrados abaixo de zero, conforme contam).

Nessa época, a FEB realizou quatro tentativas de tomar o Monte Castelo (24,25 e 29 de novembro e 12 de dezembro de 1944) sofrendo fracassos e mortes de centenas de soldados brasileiros. A vitória só ocorreu em fevereiro de 1945, quando a FEB contou com o apoio da aviação brasileira e da 10ª Divisão Americana de Montanha. Um dos entrevistados conta que o pior dia foi 12 de dezembro, quando muitos de seus companheiros do chamado Regimento Sampaio, tombaram mortos e feridos.

1999 – 02 de dezembro – Rubens

A próxima entrevista se passa diante do Monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Aterro do Flamengo, inaugurado em 1960, onde foram guardadas as 466 urnas de combatentes mortos na Itália.

Rubens Leite de Andrade fora alistado como padioleiro e depois soldado da Infantaria. Ele explica que fora escolhido para a função de “esclarecedor”, batedor que ia à frente da tropa para verificar as posições das tropas inimigas. E que agindo assim, em 6 de março de 1945, ao tentar localizar os alemães que recuaram de Monte Castello, perdera uma perna ao entrar num campo minado, local em que vários outros companheiros sofreram o mesmo destino ou até vieram a falecer.

1999 – 02 de dezembro – São Paulo Filho

Nessa próxima entrevista, o ex-pracinha Antonino São Paulo Filho fala sobre a viagem do Brasil até a Itália, num navio com capacidade para 7 mil soldados, com muitos enjoos devido a navegação não ser em linha reta e também pelo consumo da comida americana, a qual os soldados não estavam acostumados.

A viagem durara 16 dias e 16 noites. Ele explica que sabia aplicar injeções e que graças a isso uma enfermeira americana o deixara encarregado em suas saídas, da chave do cofre da penicilina, medicamento que era constantemente requisitado tanto por combatentes como por civis. Ele conta da visão mais marcante que teve, a do destruído Porto de Nápolis.

1999 – 03 de dezembro – Moyses

As próximas entrevistas se passam no Conjunto Habitacional dos Ex-Combatentes de Benfica, Zona Norte da Cidade, inaugurado em 1957, local onde morava Moyses Isidro da Silva e vários outros ex-pracinhas. Um deles mostra as fotos que tirou dos corpos de Mussolini e da companheira, Claretta Pettacci, executados em Milão ao tentarem fugir. Ele conta que estava com os ex-jogadores Perácio e Timbira e se encontraram com Davi Nasser e o irmão, pouco antes do acontecimento.

2000 – 21 de fevereiro

Em 21 de fevereiro, data comemorativa da tomada de Monte Castello, começam as filmagens na Itália. O ex-sargento combatente Miguel Pereira, guardião do monumento de Pistóia e que estava no encontro de Brasília, conduz a equipe até Abetaia, um lugarejo próximo de onde ocorreram as batalhas.

Ele conta que a primeira missão da FEB fora guardar a estrada até Vergato, ladeada por encostas dominadas pelos alemães. Ele narra a tomada do Monte Castello, considerada um ponto de honra pela FEB. Após a batalha, pediu para resgatar os mortos, pois dizia que sabia onde estavam, e que com a cena dos corpos, jurara cuidar deles e por isso ficara morando no local onde houve os sepultamentos (os restos mortais foram transladados para o Brasil em 1962).

2000 – 22 de fevereiro – Pietro Moruzzi

O entrevistado era um guerrilheiro italiano e mostra a foto do dia que se rendeu aos americanos, quando contava com 17 anos. E depois entrou como agregado para o 5º Exército dos Estados Unidos, como também foram as tropas brasileiras. E depois trabalhou para a contra-espionagem soviética.

2000 – 23 de fevereiro – Sulla Giovanni

Nessa entrevista, um jovem pesquisador italiano mostra a Torre de Nerone, uma cabeça-de-ponte estratégica da FEB pois se podia observar todo o Vale do Rio Nievole e também o Vale do Rio Reno, mantida de novembro de 1944 a abril de 1945 a muito custo por ser alvo constante de bombardeio inimigo (ele mostra uma bomba alemã de 81 mm, apontada como uma das maiores causas de baixa dos brasileiros no local).

2000 – 24 de fevereiro

O narrador conta que Sulla vive com a família em Montese. O italiano informa que na área de Montello, ao redor de Montese, foram mortos quase 200 soldados brasileiros ao final de quatro dias de batalha. O local, de difícil acesso, foi onde a FEB enfrentou a 114ª Divisão Jagger, de veteranos da frente russa que se estabeleceram ali fortemente.

2000 – 25 de fevereiro – Miguel Pereira

Último dia de filmagens, realizada no Monumento dos Pracinhas em Pistóia. Miguel Pereira conta sobre alguns mortos que foram homenageados com placas e que conhecera: Geraldo Santana, telegrafista que trabalhava no QG em Porretta Terme e que falecera por não querer deixar o posto, sob intenso bombardeio, pois esperava por notícias da filha que estava para nascer; Max Wolff Filho, sargento considerado por Miguel como um grande herói, que sempre se oferecia como voluntário; e o Sargento Assad Feres, que se negava a se abaixar durante os tiroteios e que acabou sendo atingido nos primeiros dias dos combates.

A equipe encerra os trabalhos, contando que foram ao todo 80 horas de filmagens do filme A Cobra Fumou.

Referências: «Webcine»

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